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domingo, 17 de março de 2013

Caxias está crescendo desordenadamente e Plano Diretor é esquecido


São muitos os problemas acarretados pelo crescimento sem planejamento do terceiro maior município do Maranhão

O Estado

Mesmo com o crescimento populacional de mais de 20 mil habitantes nos últimos 10 anos, o espaço físico de Caxias não acompanhou o ritmo. São muitos os problemas desencadeados pelo crescimento desordenado. Um deles é a invasão de terrenos públicos e privados por terceiros e ainda a ocupação de logradouros pela venda indiscriminada de diversos produtos.

Ao longo desse período, surgiram novos bairros e com eles todos os problemas de ausência de infraestrutura em núcleos residenciais, que surgem criados pela população e não pelo poder público.

Um desses exemplos acontece na entrada da cidade. Os moradores do já conhecido Bairro Pai Geraldo são um dos exemplos de áreas penalizadas tanto por ter sido resultado de invasão quanto pela ausência de ações públicas.

Na comunidade, não há calçadas ou ruas asfaltadas, numeração nas casas, luz elétrica conectada pela fornecedora de energia, água encanada, coleta de lixo ou a presença de agentes de saúde. Mesmo assim, mais de mil pessoas moram nas casas de taipa, em condições insalubres. O número de novos moradores só aumenta.

A dona de casa Maria de Lourdes Miranda, que é mãe de quatro crianças em idade escolar, alega que ela e o marido foram obrigados a se mudar para o Pai Geraldo porque não tinham mais como pagar o aluguel de R$ 60,00 da casa que dividiam no Bairro Mutirão.

"Aqui é um canto nosso e a gente não tem que pagar nada para estar aqui. O que a gente gastava lá, pagando aluguel, a gente usa para comer. É muito melhor", justificou a ocupante.

Organização - Onde há assistência do poder público, a situação é diferente. Um dos exemplos é o do Residencial Eugênio Coutinho. A obra foi erguida com recursos do Projeto Minha Casa, Minha Vida e, apesar dos moradores pagarem para morar nos imóveis, o valor é simbólico.

O núcleo residencial é um dos que já receberam mais benefícios nos últimos dois anos do que qualquer outro bairro caxiense. Projetado por uma construtora, todas as casas no residencial têm um tamanho padrão. Além disso, todas as ruas são asfaltadas.

O Eugênio Coutinho tem energia elétrica, água encanada e escola. Ao lado do conjunto de 2 mil casas populares, está sendo construído um hospital-escola, ligado a uma faculdade privada.

No bairro, também já existem igrejas, tanto católica quanto evangélica e até uma torre de telefonia móvel, que foi instalada para atender os moradores do local, que reclamavam da ausência de comunicação via celular, por causa da distância do centro da cidade.

Para completar o bom exemplo de cidade com crescimento planejado, o bairro também tem transporte coletivo. Enquanto no Residencial Eugênio Coutinho o exemplo é de crescimento ordenado e bem executado pelo poder público, o centro é o contrário.

Problemas - No centro de Caxias, há ocupações irregulares, obras erguidas sem estudo de impacto ambiental e urbanístico e invasão de praças e ruas por ambulantes.

O Plano Diretor, que é um instrumento exigido pelo Governo Federal e que também serve para as cidades estudarem a melhor forma de expansão, nos mais variados aspectos, não é utilizado, embora tenha sido aprovado há mais de oito anos pelo poder público, em conjunto com a sociedade caxiense.

Mais

IBGE

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população do município de Caxias é de cerca de 155 mil habitantes. Deste total, algo em torno de 1.200 pessoas são do norte do país e 1.700 do Sudeste ou Centro-Oeste. Quase 9.900 são de outros estados do Nordeste.

Pesquisa

Segundo o último levantamento feito pela Prefeitura de Caxias, há mais de três anos a cidade chegou a ser dividida em 17 bairros, nos quais, no mínimo, 35 mil casas recebem hoje água encanada.

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