Legislativo de Timon irá inserir o Dia do Maçom no calendário oficial de sessões solenes

A Câmara Municipal de Timon deverá incluir, a partir de 2026, o Dia do Maçom no calendário oficial de suas sessões solenes. A iniciativa será apresentada em plenário pelo vereador Juarez Morais e conta com o apoio do presidente da Casa, Uilma Resende, e do vereador Ivan do Saborear, que subscreverão a proposta.

A data escolhida, 20 de agosto, é reconhecida nacionalmente como o Dia do Maçom, em homenagem à contribuição histórica da maçonaria para a construção da cidadania, da democracia e da solidariedade no Brasil.

O anúncio foi feito durante a sessão solene realizada, ontem, 29 de agosto, no plenário da Câmara, em comemoração à data. O evento reuniu representantes das Lojas Maçônicas Higino Cunha Nº 23 e Obreiros dos Cocais Nº 69, além de autoridades, membros da sociedade civil e convidados.

Em seu pronunciamento, o presidente Uilma Resende destacou a relevância da maçonaria em diferentes momentos da história política nacional, lembrando o papel dos maçons na Independência do Brasil, na Inconfidência Mineira e em outras lutas pela liberdade. Ressaltou ainda o trabalho social das lojas maçônicas em Timon, que contribuem diretamente para o bem-estar da população mais vulnerável.

Discursos e homenagens

Durante a solenidade, o escritor, que é maçon, Louviral Cunha apresentou sua obra Maçonaria no Mundo, que reúne registros, imagens e informações históricas sobre a ordem, evidenciando sua influência em importantes processos políticos, como a Independência do Brasil e a consolidação do Estado Democrático.

O professor Eliésio Campelo Lima, ex-venerável em Timon e atual delegado da Ordem Maçônica, enfatizou que o maior legado da instituição é a defesa da igualdade entre todos os seres humanos, independentemente de religião, gênero ou posição política.

Já o venerável George Alisson, da Loja Higino Cunha Nº 23, lembrou que a maçonaria sempre esteve na vanguarda das lutas pela justiça, citando como exemplo a Revolução Francesa e a Revolução Farroupilha. Ele reforçou o caráter filantrópico da instituição e anunciou que a loja contemplará uma entidade timonense com novas ações sociais.

O venerável Eliésio Campelo Júnior, da Loja Obreiros dos Cocais Nº 69, agradeceu ao Legislativo pelo reconhecimento e destacou a trajetória da maçonaria em Timon, que já ultrapassa cinco décadas de atuação. Lembrou ainda que o primeiro venerável da cidade, Luís Pires, exerceu o cargo de prefeito, e que diversos maçons já integraram a vida política timonense.

Também discursaram em agradecimento e reconhecimento à data e homenagem pelo Legislativo os maçons Rafael Milhomem e Ernane Martins Bringel.

Encerrando os discursos, o vereador Juarez Morais, que presidiu a sessão, compartilhou sua experiência pessoal na maçonaria, à qual ingressou em 2007. Apesar de estar afastado desde 2011, anunciou que retornará à ordem até o final do ano. Para ele, a maçonaria representa uma “oficina de estudos e conhecimentos que engrandece o ser humano em todos os sentidos”.

Reconhecimento histórico e social

A maçonaria, presente no Brasil desde o período colonial, teve papel marcante na defesa da liberdade e da justiça. Em Timon, as lojas maçônicas não apenas preservam esses ideais, mas também desenvolvem projetos de assistência social, educação e filantropia, que fortalecem a cidadania e melhoram a qualidade de vida de muitas famílias.

Com a aprovação da proposição, a Câmara Municipal de Timon passará a reconhecer oficialmente, em sessão solene anual, o legado e as contribuições da maçonaria para a cidade, o Maranhão e o Brasil.