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segunda-feira, 1 de abril de 2024

Cidades arborizadas também são estratégia para lidar com as ondas de calor

Foto: Prefeitura de Cordeirópolis
Com os impactos das mudanças climáticas sendo sentidos de norte a sul do país, desde inundações a eventos climáticos extremos de secas e ondas de calor, uma gestão de arborização urbana é uma estratégia necessária para os Municípios brasileiros. Segundo dados da Organização Meteorológica Mundial (OMM), 2023 foi o ano mais quente registrado na história. O Brasil registrou média de temperaturas em 24,92°C, o que representa 0,69°C acima da média histórica de 1991/2020.

A área de Meio Ambiente da Confederação Nacional de Municípios (CNM) lembra que nove episódios de onda de calor ocorreram em 2023, intensificados ainda pelo fenômeno El Niño e pelo aquecimento global, atingindo diversos Municípios em todo Brasil, principalmente regiões com pouca arborização. Por isso, alerta que a ausência de árvores nas áreas urbanas transforma as ruas em corredores de calor, aumentando significativamente a sensação térmica.

Estudos comprovam que a presença de árvores nas áreas urbanas é fundamental tanto para embelezar a paisagem quanto para reduzir as temperaturas e criar microclimas mais agradáveis e garantir uma melhor qualidade de vida. O sombreamento originado das copas das árvores influencia diretamente as temperaturas logo abaixo do dossel e, consequentemente, afeta a temperatura média, gerando o conforto térmico e a umidade do ar e auxiliando na redução dos impactos das ondas de calor.

Além de auxiliar no enfrentamento das ondas de calor, a existência de áreas verdes dentro do Município e, principalmente, nas áreas urbanas, contribui em questões de saúde pública. Por exemplo, reduzindo os efeitos do estresse, acelerando a recuperação de pacientes com doenças mentais e prevenindo doenças respiratórias.

Boas práticas
Um bom exemplo de arborização urbana é o Município de Cordeirópolis (SP), que está na lista mais recente de cidades mais arborizadas do mundo e entre as 20 que mais plantaram árvores no Brasil em 2023, pelo ranking do programa “Tree Cities of the World”, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

O Município de Ivaiporã, no Paraná, também recebeu este reconhecimento internacional. O Município possui um viveiro que produziu 17 mil mudas em dois anos, com diversidade de vegetação nativas e frutíferas, bem como plantas ornamentais e ervas medicinais. No total, 34 Municípios brasileiros receberam o reconhecimento em 2023.

Para receber o título de “Cidade Árvore do Mundo” (em tradução livre), as gestões municipais devem comprovar diversos critérios que se concentram na gestão da arborização urbana. Entre eles, informar os instrumentos legais, planos e diretrizes para proteção e manejo das árvores, do sistema de parques e áreas verdes, vegetação nativa remanescente e áreas de preservação.

A CNM incentiva essas boas práticas que garantem sustentabilidade, biodiversidade e proteção do meio ambiente, além de promover resiliência e garantir aos Municípios estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas. (Agência CNM de Notícias).

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