A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Timon realizou na manhã desta terça-feira, 22, no plenário deputado José Ribamar Elouf uma reunião que contou com a presença de diversos vereadores, do promotor Antônio Borges, do secretário municipal de Saúde Marcus Vinícius, além de representantes de entidades de defesa dos direitos das pessoas com deficiência e de mães de crianças com deficiência.
Entre as principais pautas tratadas na reunião estão a falha na disponibilidade de medicamentos de uso contínuo, além de reclamações dos usuários quanto aos atendimentos às crianças com deficiência nos Caps. O presidente da Comissão de Saúde, vereador Drº Torquato, pontuou que há também a necessidade de que os médicos que atendem esses pacientes tenham registro no CRM do Maranhão, pois os pacientes tem dificuldades em adquirir medicamentos com as receitas médicas que não possuem o CRM do estado do Maranhão.
O promotor Antônio Borges ressaltou que os vereadores podem contar com o Ministério Público para buscar soluções para os problemas da Saúde no município de Timon. "Buscamos sempre fazer o que está ao nosso alcance e mirando a qualidade, a perfeição para o atendimento da saúde. Nesse sentindo o Ministério Público sempre será parceiro dos vereadores para a melhoria da qualidade de vida de nossa população", destacou.
Umas das mães ouvidas durante a reunião foi Apoliana Gomes, que tem uma criança com deficiência e outra em processo de laudo. Ela ressaltou que seu outro filho ainda não foi diagnosticado porque ela não tem acesso a um exame básico na policlínica de Timon, um eletroencefalograma. “Não temos acesso a esse exame na Policlínica. Lá tem a máquina, mas não tem os fios e o gel, e isso não é de agora. Eu vou lá e a única coisa que eu escuto é que não tem previsão. Então eu não consigo fechar o diagnóstico dele porque não tenho acesso ao exame e nem tenho como pagar particular”.
Apoliana também denunciou que o CAPs infantil antes servia lanche para as crianças, que muitas vezes vem da zona rural e passam o dia inteiro para serem atendidas em Timon, e que agora não é mais disponibilizado às crianças. E sobre a falta de medicação ela explicou que desde maio de 2021 que as mães tem se reunido com o secretário Marcus Vinícius, mas que sempre foi explicado para elas que o problema era referente à empresa vencedora da licitação que não cumpriu o contrato. “Mesmo que tenha esse problema de licitação eu acho que essa é uma questão que deveria ser olhada como prioritária para a saúde do município, pois não podemos esperar, se trata da saúde das nossas crianças”, pontuou.
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