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quinta-feira, 25 de junho de 2020

Caxias: prefeitura reúne Comitê de Prevenção e Enfrentamento à Covid-19 antes de emitir novo decreto

A Prefeitura de Caxias foi o local escolhido pelo Comitê de Prevenção e Enfrentamento ao novo coronavírus para uma reunião nesta terça-feira (23). A gestão municipal esteve representada pela Secretaria Municipal de Governo; Secretaria Municipal de Finanças, Planejamento e Administração; Secretaria Municipal de Segurança; Secretaria Municipal de Indústria e Comércio; Secretaria Municipal de Saúde e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Defesa Civil. Além desses órgãos, outros que integram o Comitê, como  Corpo de Bombeiros, Ordem dos Advogados do Brasil/Caxias; Sindicato dos Lojistas de Caxias (Sindilojas), Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias (CDL), Câmara Municipal de Caxias e a sociedade civil organizada, também estiveram representados.

O gestor do executivo municipal realizou a apresentação dos dados referentes ao acompanhamento da evolução dos números da covid-19 no município de Caxias. Além disso, apresentou um conjunto de ações que já estão sendo realizadas em Caxias, como desinfecção das ruas da cidade por meio de carros atomizadores; disponibilização de testes rápidos; aquisição e disponibilização de medicamentos para as Unidades Básicas de Saúde (UBSs); colocação de cabines de desinfecção; lavatórios portáteis; distribuição de máscaras; dentre outras ações.

A gestão municipal também lembrou que, do último dia 12 de junho ao dia 22 de junho, houve um aumento significativo na quantidade de casos confirmados da covid-19 no município, ultrapassando os 500 casos, resultado do aumento na testagem, mas acredita-se que uma maior presença da população nas ruas também tenha colaborado para este aumento, o que elevou o grau de preocupação da Prefeitura de Caxias, por meio da Secretaria de Saúde. A maior procura pelos serviços de saúde é um alerta para toda a população, que é convidada a colaborar ainda mais com o trabalho de prevenção e enfrentamento ao novo coronavírus.

“Falta consciência da população. Nós fazemos vistoria e já vimos gerente de supermercado quase apanhar por exigir que a pessoa cumpra a marcação no chão. Existem setores que nem abriram. Para a Vigilância Sanitária, a aglomeração está maior com o período curto do comércio aberto, porque é uma ânsia das pessoas de correr pra lá, senão vai fechar”, afirma Alanessa Araújo, coordenadora da Vigilância Sanitária.

A Prefeitura de Caxias informou que já adquiriu mais 10 mil testes rápidos. Ao todo, mais de 5 mil testes rápidos já foram utilizados para atender aos caxienses. O Centro Médico, hospital de campanha que foi alugado para assistir aos caxienses, também já está sendo utilizado e trabalha para ampliar os serviços. A gestão também lembrou que três UBSs estão com funcionamento noturno, mas que outras 10 devem oferecer atendimentos diferenciados nos próximos dias e com funcionamento até mesmo nos finais de semana.

“Se não estivéssemos abertos, várias pessoas já haviam sido demitidas. Nós já perdemos cinco operações, e não estamos cobrando aluguel. Eu convido a todos a conhecer a estrutura que nós investimos no Caxias Shopping Center. Nós temos uma mídia vasta informando como estamos. Nós estamos cumprindo a nossa parte, e não é justo uns pagarem pelos outros”, afirma Leninha Aragão, superintendente do shopping.

“O isolamento permite que haja uma quebra no ciclo de propagação, e quando quebra o ciclo de propagação, as pessoas que já estão contaminadas não tem como sair contaminando os outros”, disse Paulo Marinho, ex-prefeito.

Sobre o transporte de passageiros da zona rural para a zona urbana, o vereador Ximenes acredita que seria interessante diminuir a quantidade de pessoas por veículos, porém, que aumentasse a quantidade de dias em que eles pudessem trafegar, pois assim permitiria que o distanciamento social fosse feito.

“Olhando o comércio da cidade, eles têm tomado os cuidados necessários sugeridos pela Organização Mundial de Saúde. Mas tem muita gente que vai para a zona rural e está levando a contaminação para lá”, afirma o vereador.

A prefeitura lembra que, mais do que nunca, a população caxiense deve colaborar evitando sair de casa sem necessidade. Uma das resoluções retiradas da reunião é que, quando o município de Caxias chegar aos 80% da ocupação de leitos, haverá automaticamente um lockdown. A decisão foi tomada com base em informações da Secretaria Municipal de Saúde e do Comitê de Prevenção e Enfrentamento, e que a Prefeitura Municipal irá seguir a decisão, caso haja necessidade. O novo decreto também deve proibir a venda de bebida alcoólicas a partir das 20h, tanto em bares, quanto em supermercados. Bares, restaurantes e academias continuarão fechados.

“A função do lockdown é diminuir a pressão na rede de atendimento dos hospitais. Se a gente ainda não está tão pressionado com a abertura dos leitos de UTI no Centro Médico e no Complexo Hospitalar, e também nos leitos clínicos lá no hospital de campanha, eu acredito que ainda não é o momento de tomar uma atitude tão drástica como esta”, afirma Mário Assunção, presidente da comissão especial da Câmara Municipal.

“Vamos trabalhar no sentido de implementar as regras disciplinares que este momento exige. Nós precisamos nos disciplinarmos para atender as pessoas que estão adoecendo. A gente precisa fazer isso. Nós precisamos continuar trabalhando no aperfeiçoamento da nossa inteligência para trazer para cá o que há de melhor”, afirma Carlos Alberto, secretário municipal de Saúde.

“O que falta é consciência. Temos que ser conscientes. Nós que somos formadores de opinião vamos dar o exemplo, vamos nos policiar. Dessa forma, nós precisamos ser diligentes, zelosos com as normas, porque evita”, frisa Maria dos Remédios, presidente da CDL.

O secretário municipal de Saúde afirma que tudo que está ao alcance da Prefeitura de Caxias, com o trabalho tanto nas UBSs, quanto na Unidade de Pronto Atendimento e Complexo Municipal de Saúde, bem como outros aspectos, a prefeitura esta viabilizando toda a parte logística diariamente, visando atender aos caxienses e fazer com que a saúde funcione, a fim de que a população seja bem assistida.

“A parte de logística está sendo resolvida com a participação direta da gestão municipal. Para que se tenha uma ideia, no Centro Médico foi necessário a revisão de tudo: sistema de pressão, sistema de ar, oxigênio, água, dentre outras. Cada conquista vai estimulando a gente a fazer mais para que o nosso sistema de saúde seja utilizado no máximo de sua capacidade”, finaliza Carlos Alberto.

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