Vigilância apura suspeita de doença semelhante à “vaca louca” em Timon

Efrem Ribeiro  - O secretário municipal de Saúde de Timon (MA), Márcio Sá(foto), confirmou que um paciente do município com suspeita de contrair a doença de Creutzfeldt-Jakob (CJD), que tem semelhança com a encefalopatia espongiforme bovina (BSE), a doença da "vaca louca". Ele afirmou que o caso está sendo acompanhado pela enfermeira Itelmaria Escórcio, coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Timon.

Itelmaria Escórcio informou que exames estão sendo feitos no paciente, que é do sexo masculino com idade de 40 ano e deu entrada no hospital com sintomas da doença Creutzfeldt-Jakob.

Segundo Itelmaria Escórcio, o paciente estava com crise convulsiva, com perda de sensibilidade nos membros inferiores e cefaleia (dor de cabeça) e, agora, está fazendo o tratamento e tem reduzido a dor de cabeça. O secretário Oscar Márcio Pires da Silva disse que estava participando de uma reunião para tratar da questão da saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde informou que doença é uma variação do mal da vaca louca, transmitido por uma proteína da carne da vaca. E não há transmissão de pessoa para pessoa. A doença da vaca louca, também denominada encefalopatia espongiforme transmissível (BSE) é neurológica que acomete bovinos e, tem sido relacionada com a doença de Creutzfeldt-Jacob (CJD) em humanos.

O quadro de saúde do paciente é estável e está sendo tratado em sua residência em Timon. Ele apresentou os sintomas há seis meses. A Secretaria Municipal de Saúde adiantou que o paciente está sendo acompanhado e como a equipe médica falou que ele poderia ser tratado em casa foi para a residência porque não há risco.

O paciente, porém, está sendo monitorado pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde de Ti mon. Exames estão sendo feitos no Instituto Evandro Chagas, em Belém, em laboratório de São Paulo e no Lacen (Laboratório Central do Estado) do Piauí. Os sintomas são de ordem psiquiátrica, mais tarde se desenvolvem problemas de coordenação muscular (equilíbrio, fala), espasmos musculares, problemas nos sentidos (audição, visão), perda de memória, coma e pode chegar a morte.

Segundo pesquisas, a carne contaminada com o mal da “vaca louca” transmite também a rara doença neurológica que pode levar à morte. O termo da “Vaca louca” é popular e seu uso deve ser restrito ao gado bovino. Em seres humanos, a doença é chamada de Creutzfeldt-Jakob (DCJ) ou variante da DCJ. Pode-se ainda usar doenças priônicas. Ela é degenerativa é causada por príons, uma proteína anormal que se acumula no cérebro.

A doença também provoca uma incoordenação motora e mioclonias (pequenos espasmos musculares). A doença foi diagnosticada pela primeira vez, no ano de 1986, quando houve a morte de diversos bovinos em consequência de uma doença neurológica desconhecida. Desde então, foram descritos 160.000 casos da BSE. No ano de 1990, esta doença virou uma epidemia entre no rebanho bovino, passando a afetar os seres humanos.

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