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quinta-feira, 10 de abril de 2014

Exigências de PSDB e PPS para aderir a Dino são mal recebidas pelos aliados

Lideranças do PCdoB e do PSB dizem não haver mais espaços para troca de candidato a senador.

A exigência do bloco formado por PSDB e PPS - de rediscutir a chapa do candidato comunista Flávio Dino para poder aderir à aliança - enfrentou ontem forte reação das lideranças de PSB, PDT e PCdoB.

Candidato ao Senado pelo grupo, o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB), teve a reação mais dura: "Não há mais discussão sobre governo e Senado. Isso já foi definido por consenso", afirmou Rocha. Os demais líderes da campanha de Dino tentaram contemporizar a imposição de tucanos e pepessistas, mas mandaram recado: os dois partidos precisam, primeiro, aderir, para, só depois, exigir.

A coligação oposicionista em torno de Flávio Dino é formada por sete partidos (PCdoB, PSB, PDT, PTC, SDD, PP e PROS). Mas o comunista ainda espera o apoio do PSDB e do PPS. Ocorre que os dois partidos têm pré-candidato a governador e a senador - Eliziane Gama (PPS) e João Castelo (PSDB), respectivamente - e impuseram exigências para apoiar a coligação dinista.

"O PPS e o PSDB [...] alertam para a urgente necessidade do realinhamento das alianças necessárias para o enfrentamento da disputa eleitoral e a para a consecução de um projeto de mudanças reais que traga dias melhores para o povo maranhense. O realinhamento dessas alianças passa necessariamente pela rediscussão da chapa majoritária do candidato da oposição", diz comunicado conjunto das duas legendas, divulgado ontem.

E os dois partidos deixam claro o que farão, caso não seja aceita a proposta: "Caso não sejam criadas as condições objetivas que viabilizem essa aliança, PPS e PSDB lançarão projeto próprio, fundamentado em um programa de governo que promova desenvolvimento com sustentabilidade e a inclusão social de milhares de maranhenses".

Segundo presidente estadual do PCdoB, jornalista Márcio Jerry, as conversas com essas duas legendas estão sendo feitas há um tempo. Mas ele também concorda com a opinião de Roberto Rocha, quanto à vaga de senador. "Não há mais discussões sobre governo e Senado. O colegiado de sete partidos sentou a mesa e já definiu que o pré-candidato ao governo é Flávio Dino e o pré-candidato ao Senado é Roberto Rocha. Não colocamos mais isso para ser debatido", declarou Jerry.

Com relação à vaga de vice, outra possibilidade a ser oferecida ao bloco PSDB/PPS, nem Rocha nem Jerry fecham questão, numa demonstração de que nada está definido em torno do PDT, que já até escolheu o empresário Márcio Honaiser para indicar ao PCdoB.

E é o próprio secretário-geral do PDT, deputado federal Weverton Rocha, quem comenta o assunto. Segundo ele, o fato de o PDT ter escolhido o nome de Honaiser para essa vaga não significa já ter sido acatado pelos demais oposicionistas. "A escolha foi interna. Ainda vamos colocar para o diálogo dentro do colegiado dos sete partidos do campo da oposição", disse o deputado.

Mas Weverton garante que o PDT não vai desistir da vaga. O partido, segundo ele, pode até rediscutir a indicação do vice de Flávio Dino, mas apenas com legendas que já aderiram ao projeto do comunista.

"O Flávio não tem nada a oferecer se não esperança. Como é que outros partidos querem entrar nesse projeto negociando espaço? Não pode. Se o PSDB e PPS aderirem ao projeto, aí eles podem buscar espaços sentando à mesa para discutir a composição na chapa majoritária", disse Weverton Rocha.

Tucanos querem discutir candidatura de Castelo

A nota pública que o PSDB divulgou em conjunto com o PPS faz uma espécie de emparedamento do candidato da oposição ao governo, Flávio Dino (PCdoB).

Os tucanos entendem que a decisão da governadora Roseana Sarney (PMDB) de não disputar o Senado "abre reais perspectivas para a vitória de uma candidatura de oposição tanto para governador como para senador".

E destaca as condições para se alinhar ao projeto do chefão comunista:

"O realinhamento destas alianças passa, necessariamente, pela rediscussão da chapa majoritária do candidato da oposição.

O projeto do partido é lançar a candidatura do ex-prefeito de São Luís, João castelo, ao Senado. Por isso, exigem de Flávio Dino e dos demais partidos de oposição, que reabram as discussões sobre a formação da chapa do bloco PCdoB, PDT e PSB. O partido acha que Castelo tem maiores condições que Roberto Rocha de vencer as eleições para o Senado. Mas os tucanos não descartam também a possibilidade de ter o vice na chapa comunista, interesse aberto do deputado federal Carlos Brandão. Em outras palavras, o PSDB maranhense quer de Flávio Dino que ele repense seu apoio ao candidato do PSB ao Senado, Roberto Rocha, garantindo espaço na coligação ao ex-prefeito João Castelo.

Caso contrário, a aliança do PSDB será com o PPS.

(O Estado)

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