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terça-feira, 10 de setembro de 2013

“Disseram aqui que eu tenho voz fina, mas não sou viado”, diz vereador


Vereador Jerônimo Ferreira
Com todas as dependências da Câmara Municipal de Caxias lotadas, a sessão desta segunda-feira, 09, acabou não tendo o desfecho que a maioria dos presentes esperava. O tão aguardado embate entre Catulé e Jerônimo Ferreira, não aconteceu.

Antes de Jerônimo Ferreira usar a tribuna, vários vereadores, temendo que o clima na Casa pudesse esquentar, pediram sensatez e serenidade para todos os membros do parlamento.

Último orador da noite, Jerônimo provocou suspense antes de sua fala, que começou lembrando dos ataques sofridos na sessão do último dia 04.

“Fui escrachado na última sessão”, iniciou Jerônimo. “Disseram até que eu não tinha voz de homem, mas não sou viado”, protestou o vereador que disse que respeita homossexuais e que consegue viver com os diferentes. 

Demonstrando ter ficado aborrecido com as ofensas recebidas na sessão passada, Jerônimo desferiu críticas a postura de Catulé ao longo dos anos contra colegas.

“Outros colegas já foram atacados aqui nesta Casa, mas eu não tenho sangue de barata e não sou moleque”, afirmou Jerônimo usando tom forte na fala. “Sempre trabalhei desde criança e nunca recebi mensalinho e nem mensalão”, comentou o vereador sem, no entanto, afirmar se Catulé ou algum outro edil recebiam o tão falado cala a boca do governo.

Fazendo um paralelo entre sua vida e a de Catulé, Jerônimo disse que trabalhava desde pequeno e que não fazia como Catulé, “que se apossou da Associação Comercial mesmo sem ser comerciante”.

Na metade da fala de Jerônimo, tanto Catulé quanto Fábio Gentil pediram apartes que foram negados pelo ocupante da tribuna que foi bastante vaiado pelo público presente.

“O discurso é meu e eu não vou conceder apartes a ninguém”, respondeu Jerônimo que batia forte na bancada da tribuna sempre reafirmando que era homem e que tem sangue de paraibano correndo nas veias.

“Nasci em Bacabal, mas nas minhas veias corre sangue de paraibano e não tenho medo de ninguém”, repetiu várias vezes o parlamentar.

Fazendo um relato da sua trajetória política, Jerônimo lembrou das votações obtidas nas eleições que disputou. “Em 2000 tive 400 votos para vereador, em 2008 tive 900 votos e em 2012 obtive mais de 1200 votos, dos quais 54 foram em Nazaré do Bruno e isso tem irritado muita gente, pois falei lá durante a campanha que aquela localidade era livre e que os seus moradores tinham que se libertar”, recordou o parlamentar.

Como Jerônimo era o último orador inscrito, a presidente Ana Lúcia Ximenes encerrou imediatamente a sessão sem dar chances para um eventual bate-boca entre os colegas.

Opinião do blogueiro

Acredito que o episódio envolvendo Catulé e Jerônimo não terá outros embates. O confronto com ataques pessoais entre os dois só serviria para os interesses do Palácio da Cidade, que veria o foco da discussão política voltado para troca de ofensas entre os membros do legislativo.

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