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segunda-feira, 15 de abril de 2013

“Pré-campanha” de Arnaldo Melo gera mal-estar no governo



O presidente da Assembleia Legislativa, deputado Arnaldo Melo (PMDB), foi alcançado por um telefonema disparado do Palácio dos Leões, sexta-feira, quando estava em Imperatriz em um evento da Casa que dirige.
Arnaldo Melo: ele também se movimenta
Do outro lado da linha, um figurão do governo Roseana Sarney (PMDB) reclamou que Melo não havia convidado nenhum representante do Executivo para o evento, que se traduz como uma espécie de pré-campanha do presidente, que tem a chance de se tornar – por uma combinação de fatores – governador do Maranhão em 2014.

Caso o vice-governador Washington Oliveira (PT) aceite a vaga no Tribunal de Contas do Estado, e Roseana decida mesmo disputar uma vaga na Assembleia, Arnaldo assume o governo, em abril de 2014, para um mandato de 30 dias – período em que a Assembleia precisa convocar uma eleição indireta.

Se assumir o governo, o deputado fica inelegível para qualquer outro cargo, mas tem a prerrogativa de concorrer na eleição indireta entre seus pares e, elegendo-se, pode concorrer à reeleição em outubro, para mais quatro anos de mandato.

É por causa destas circunstâncias que o governo Roseana tem visto os movimentos de Arnaldo Melo como uma espécie de preparação para uma eventual campanha, tornando-se mais conhecido, sobretudo entre a classe política – vereadores e prefeitos.

Roseana com o presidente: meio que desconfiada
Este blog apurou que o próprio Arnaldo Melo já teria garantido ao Palácio dos Leões comandar a eleição do eventual candidato roseanista caso assuma o governo. Para isso, teria exigido ficar os nove meses no cargo, o que lhe daria a garantia de aposentar-se como governador – com a perspectiva de ser recompensado politicamente em eleições futuras.

Pouca gente no governo acredita nesta promessa.

Além disso, o deputado tem apoiadores declarados ao seu projeto de sentar-se na cadeira de governador – não para coordenar campanha de outrem, mas para ser ele próprio o candidato em 2014.

Os deputados Rogério Cafeteira (PMN), Edilázio Júnior (PV) e Eduardo Braide (PMN) são os principais entusiastas desta tese.

E é sabendo disso que o membro do alto escalão do governo Roseana mandou o recado para o presidente da Assembleia na sexta-feira passada.

Mesmo por que, toda a movimentação de Arnaldo Melo poderá resultar apenas em mais um gasto desnecessário da Assembleia, caso Roseana decida ficar no mandato até o final, coordenando ela mesma a eleição do seu candidato a governador.

Mas esta é uma outra história…

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