Iniciando o diálogo, Luciana Barreto questiona se o governador sairá em campanha, mesmo já estando eleito e não precisando se dedicar a este esforço. Brandão destaca que a mobilização em apoio a Lula da Silva (PT) já foi iniciada pelas ruas da capital maranhense.
“A gente já entrou em campanha. Ontem, fizemos uma grande e importante caminhada histórica no centro comercial da capital, São Luís. Juntamos mais de 7 mil pessoas, fizemos uma grande movimentação e finalizamos com ato público com pronunciamentos meus, do vice-governador e do senador eleito Flávio Dino, já para mobilizar e fortalecer a nossa militância”, comunicou o governador reeleito.
Na ocasião, Brandão ressalta que a iniciativa de apoiar a candidatura de Lula é tanto um ato de reciprocidade, quando de acreditar na capacidade de o ex-presidente poder restabelecer a democracia e a soberania do Brasil.
“Aqui, participaremos ativamente. O presidente Lula foi muito correto, esteve com a gente aqui, gravou vídeo pedindo votos para mim e para o senador Flávio Dino. Portanto, mais além da gratidão, nós acreditamos no projeto do presidente Lula para restabelecer a democracia e a soberania nacional”, ressaltou o governador.
O jornalista Sidney Rezende pergunta para Brandão, “em sua visão, o que estaria em jogo e qual principal elo entre o eleitor maranhense e o ex-presidente Lula neste 2º turno das eleições?”.
“Para o nosso estado, o presidente Lula foi o melhor; ele fortaleceu as políticas sociais - além de ainda ter o compromisso e a parceria conosco para o fortalecimento do nosso estado e da democracia e soberania do país. É isso que está em jogo, na realidade. Os programas sociais criados por Lula foram muito fortes, e a nossa população tem uma esperança muito grande”, respondeu Carlos.
O governador reeleito aproveita para falar sobre a recusa de diálogo do governo Bolsonaro com os governos estaduais, o que dificulta o firmamento de trabalhos em parceria com os entes da Federação.
“Durante os últimos 4 anos, Bolsonaro não fez, praticamente, nenhuma reunião com governadores; ou seja, os governadores não entraram no debate, e é isso que a gente precisa, diálogo com o governo federal. Aqui no Maranhão, nós fazemos um governo municipalista em que a gente se reúne com prefeitos, inclusive com os que não estão do nosso lado, e discutimos os problemas e fazemos parcerias”, relatou o gestor estadual.
Na oportunidade, Brandão volta a reafirmar o apoio a Lula da Silva, uma vez que a parceria já está fortalecida, inclusive, por meio da preparação de projetos estruturantes pelo Maranhão, iniciativa que já está acertada junto ao ex-presidente.
“Em conversa com o ex-presidente Lula, ele me disse que, ao final das eleições, devo levar a ele 6 projetos estruturantes para o Maranhão. Seremos parceiros. A gente precisa dessa relação entre os governos federal e estadual para que possamos fazer uma boa administração. Não podemos ficar governando isoladamente; aqui a expectativa é muito boa, Lula recebeu 68% dos votos contra 26% de Bolsonaro. O nosso caminho aqui vai fortalecer todas as energias para chegarmos em 80%. Nosso estado é, historicamente, Lula”, assegurou Brandão.
A jornalista Luciana Barreto indaga qual seria a relação entre os governos caso ocorresse um eventual segundo mandato de Jair Bolsonaro.
“É óbvio que se Bolsonaro vier a ser reeleito, o que eu não acredito, nós novamente estaremos aqui com todas as condições para dialogar com o governo federal, mesmo sabendo que isso não vai acontecer. O gesto de Bolsonaro, nos últimos 4 anos, foi o de não dialogar. Não se vê, nem na internet, reunião individual de governadores com Bolsonaro para discutir questões estruturantes, algo que era de praxe em governos anteriores”, afirmou o governador do Maranhão.
Brandão reafirma que o Maranhão continuará insistindo no firmamento de parcerias junto ao governo federal, assim como o estado tem feito nos últimos 4 anos.
“Na democracia, tudo é possível. Então, mesmo se houver a perda da eleição, a gente vai continuar indo à Brasília em busca de parcerias institucionais. Aqui no Maranhão, temos parcerias, inclusive, com prefeitos que não são aliados a nós; a exemplo do da capital, e mesmo assim o governo do Estado fez grandes obras”, reafirmou Carlos Brandão.
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