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quarta-feira, 8 de maio de 2013

Delegado fala de suposto envolvimento de advogado em crime de agiotagem


O delegado Augusto Barros afirmou que advogado Ronaldo Ribeiro tinha ligação com agiotas.
Imirante.com, com informações da Mirante AM

SÃO LUÍS - O delegado Augusto Barros, Superintendente Estadual de Investigações Criminais (Seic), afirmou, em entrevista ao radialista Marcial Lima, na rádio Mirante AM, que nas investigação feita pela polícia, sobre o assassinato do jornalista e blogueiro e dos crimes de agiotagem praticados no Maranhão e no Piauí, não há como não vincular o nome do advogado Ronaldo Henrique Santos Ribeiro como suposto integrante da quadrilha liderada por Gláucio Alencar Pontes Carvalho, de 35 anos, e o pai dele, José de Alencar Miranda Carvalho, de 73 anos.
Segundo o delegado, o advogado seria uma das pessoas de alta confiança do grupo, o “braço jurídico” da organização.
- O advogado participava de reuniões, viajava para negociar com as prefeituras. Ele seria uma espécie de o “braço jurídico” da organização, atuando, ainda, como advogado, em causas de várias prefeituras que tinham os cofres sangrados pela “máfia da agiotagem. Esses indícios foram comprovados durante a investigação feita pela polícia. Por outro lado, a tese da defesa é o de tentar descontruir o que está evidenciado em depoimentos, vídeos e acareações - ressaltou.
Preventiva
A Polícia Civil do Maranhão chegou a pedir a prisão preventiva do advogado Ronaldo Ribeiro, mas não foi acatada pela Justiça do Maranhão, que não viu elementos que justificassem o deferimento do pedido de prisão dele.
Audiências
As oitivas, que deveriam começar por volta de 9h desta segunda-feira (6), só tiveram início às 10h20, por conta da apresentação de um habeas corpus, concedido pelo Tribunal de Justiça do Maranhão, em favor do advogado Ronaldo Ribeiro, um dos denunciados pelo Ministério Público.
Segundo o advogado do denunciado, Aldenor Rebouças, foi solicitado o desmembramento do processo de Ronaldo Ribeiro, por falta de tempo hábil para a que a defesa se inteirasse das provas.
Com isso, o depoimento de Ronaldo Ribeiro deve ser mais uma vez protelado, e só deve acontecer após o término dessas audiências iniciais – previsto para 24 de maio.
Treze testemunhas já foram ouvidas em dois de audiência sobre o assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá, no Salão do Júri do Fórum Desembargador José Sarney, no Calhau. Ontem (7) das dez pessoas aguardadas pelo Ministério Público, seis prestaram depoimento, a maioria jornalistas e blogueiros que cobre a editoria de Polícia no Maranhão. Entre eles, os jornalistas Itevaldo Júnior, Caio Hostílio, Marco Aurélio D`Eça e Marcelo Gomes Vieira. Também prestou depoimenjto o vereador Fábio Câmara (PMDB), amigo e compadre do jornalista assassinado.
As audiências de instrução do processo referente ao assassinato do jornalista Décio Sá começaram na manhã de hoje (6), no Fórum do Calhau. O jornalista foi assassinado a tiros, em abril do ano passado, num bar da Avenida Litorânea (orla de São Luís).
Os depoentes estão sendo ouvidos pelo juiz Márcio Castro Brandão, que responde pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de São Luís. Um total de 56 pessoas serão ouvidos. Nesta primeira semana, deporão as testemunhas de acusação. Em média, serão ouvidas 15 testemunhas por dia. De segunda-feira que vem (13) ao dia 17, vão depor as testemunhas de defesa (ainda não há um número exato de quantas). De 20 a 24 de maio, serão interrogados os acusados no processo.
As testemunhas de acusação foram arroladas pelo promotor de Justiça Luís Carlos Correa Duarte, da 1ª Promotoria do Tribunal do Júri.
Sete acusados de envolvimento foram presos, indiciados pela polícia e denunciados à Justiça pelo Ministério Público. São eles:
. O assassino confesso do jornalista, o paraense de Xinguara Jhonathan de Sousa Silva, de 24 anos (preso antes da “Detonando”, em 5 de junho, em São Luís, com drogas e armas; já transferido para um presídio federal, em Campo Grande, no MS);
. Gláucio Alencar Pontes Carvalho, 35 (empresário, acusado também por prática de agiotagem; hoje preso no Quartel do Comando da PM, no Calhau);
. José de Alencar Miranda Carvalho, 73 (pai de Gláucio; também acusado por agiotagem; está preso com o filho no Calhau);
. José Raimundo Sales Chaves Júnior, o “Júnior Bolinha”, 38 (empresário do ramo de automóveis e representante comercial de bebidas em Santa Inês (MA); teria feito o papel de intermediador entre o assassino, Jhonathan de Sousa, e os mandantes do crime; está preso na Unidade de Recolhimento de Regime Diferenciado – URRD –, na Liberdade);
. Fábio Aurélio do Lago e Silva, o “Buchecha”, 32 (trabalhava para Júnior Bolinha; segundo a polícia, ajudou na operacionalização do assassinato de Décio Sá; preso no Quartel do Comando da PM).
. Fábio Aurélio Saraiva Silva, o “Fábio Capita”, 36 (capitão da PM-MA; era subcomandante do Batalhão de Choque da corporação; para a polícia, foi ele quem forneceu a Júnior Bolinha – de quem é amigo de infância – a pistola ponto 40 usada por Jhonathan de Sousa para executar Décio Sá; a acusação nunca foi comprovada; “Capita” obteve um habeas corpus do TJ-MA, mas segue preso no Quartel dos Bombeiros (São Luís) porque é acusado de participação também no assassinato de Fábio Brasil, em Teresina).
. Marcos Bruno da Silva Oliveira, 28 (natural de Bacabal, foi preso em 7 de novembro do ano passado; foi ele, segundo a polícia, o verdadeiro “piloto de fuga” de Jonathan de Sousa; preso em local não revelado).
Três pessoas indiciadas pela polícia ainda estão foragidas:
. Shirliano Graciano de Oliveira, o “Balão”, 27 (cunhado de Marcos Bruno; teria ajudado na operacionalização do assassinato de Décio Sá; denunciado pelo MP);
. Elker Farias Veloso, o “Diego”, 26 (apontado por Jhonathan de Sousa como seu “piloto de fuga”; a polícia, no entanto, diz que essa função foi realizada por Marcos Bruno da Silva Oliveira; Elker foi indiciado e denunciado por dar apoio logístico ao pistoleiro);
. Homem conhecido como “Neguinho” (foi indiciado pela polícia, mas o MP não aceitou fazer denúncia contra ele, por falta de qualificação completa; paraense, teria apresentado o executor do crime, Jhonathan de Sousa, ao suposto intermediador, Júnior Bolinha).
Também foram indiciadas pela polícia e denunciadas pelo Ministério Público, por envolvimento no assassinato de Décio Sá, as seguintes pessoas, que não foram presas:
. Os investigadores da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic) Alcides Nunes da Silva e Joel Durans Medeiros (dariam suporte informal aos suspeitos de agiotagem Gláucio Alencar e José de Alencar Miranda);
. Ronaldo Henrique Santos Ribeiro (ex-advogado de Gláucio Alencar; também era amigo do jornalista assassinado; apontado pela polícia como “braço jurídico” de agiotas que atuam em várias prefeituras do Maranhão).

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