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sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Impasse sobre presidências de comissões pode ser resolvido no voto na AL


O Estado

Roberto trabalha para o consenso
Os deputados estaduais do Maranhão devem acabar decidindo apenas no voto os presidentes das 12 comissões técnicas da Assembleia Legislativa. Pelo que havia sido acordado ainda antes do início dos trabalhos legislativos deste ano, seria respeitada a proporcionalidade dos blocos na casa também na composição das comissões, mas um impasse em relação às indicações para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e para a Comissão de Orçamento, Finanças, Fiscalização e Controle, as duas mais cobiçadas, pode inviabilizar a concretização dos acordos, o que evidenciou o racha na base governista.

Para a CCJ, o indicado é Alexandre Almeida, da bancada do PSD. Para o Orçamento, Francisca Primo (PT), do Bloco da União Democrática (BUD), o Bloquinho. Mas o líder do Bloco Parlamentar pelo Maranhão (BPM), o Blocão, deputado estadual Roberto Costa (PMDB), defende desde a semana passada que seu grupo, o maior da Casa, tenha maior poder de decisão nesses dois casos.

Em entrevista a O Estado ontem, ele declarou que ainda se trabalha por consenso em todas as comissões. Mas não descarta a disputa voto a voto em cada uma delas. "A gente ainda vai trabalhar pelo consenso, é claro, para que seja respeitado o espaço de cada um. Mas nós trabalhamos para fazer valer a força do nosso bloco, que é o maior da Assembleia. Isso tem que ser levado em consideração", afirmou, negando-se a declinar quem são os indicados do BPM.

"Faremos essas indicações apenas amanhã. Na segunda, os nomes serão lidos em plenário e decide-se quem serão os presidentes. O objetivo é trabalhar para não haver disputas internas", completou. Apesar de o peemedebista preferir segredo, O Estado apurou que o Blocão defenderá o nome de Edilázio Júnior para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania.

Indicado para a presidência da CCJ pela bancada do PSD, o deputado Alexandre Almeida disse estar "tranquilo e confiante" de que será escolhido mesmo diante da movimentação dos demais blocos e bancadas. Ele garantiu, contudo, estar preparado para disputar o posto no voto. "Esperamos que os acordos sejam cumpridos, mas também conscientes de que podemos vencer se for necessário partir para o voto", revelou.

Composição - A confiança de Almeida tem razão de ser. Cada comissão é composta por sete membros. Como o Blocão, que poderia indicar dois nomes por ser a maior bancada, abriu mão de uma das vagas para o PV, em todas as comissões há um representante de cada bancada, assim divididos: de um lado o BPM, o Bloco Democrático (PP/PSL/PSC/PEN/PR) e o PV; de outro, o Bloquinho, o PSD, o Bloco Parlamentar de Oposição (BPO) e o bloco PDT/PSDB.

Numa eventual disputa voto a voto em qualquer comissão, os governistas perderiam todas as indicações para o grupo formado pelos dois "dissidentes" que contam com o apoio dos blocos de oposição.

"Mas pode haver reviravolta", acredita Roberto Costa. O líder do Bloco Democrático, deputado Jota Pinto (PEN), não. Ele confirma a divisão dos blocos governistas em duas alas.

"Realmente há um grupo mais ligado ao Blocão e ao governo, do qual nós fazemos parte, juntamente com o PV, e um mais ligado aos dois blocos de oposição, onde estão o PSD e o Bloquinho", afirmou.

Mais

No embate sobre as comissões, o Bloco Parlamentar de Oposição (BPO) mantém o foco na garantia da presidência da Comissão de Direitos Humanos para a deputada estadual Eliziane Gama (PPS), e na indicação do também popular-socialista Othelino Neto para Comissão de Meio Ambiente. "Já está acordado entre os líderes. Até agora não encontrei resistência de ninguém", afirmou Rubens Júnior (PCdoB), líder do BPO.

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