O
Triste Fim do Governo Socorro Waquim
Embora tendo recebido do Fundo
de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos
Profissionais da Educação – FUNDEB, mais de R$ 66 milhões ao longo de 1º de janeiro
a 5 de dezembro de 2012, segundo o site
do Banco do Brasil (www.bb.com.br), a Prefeitura de Timon deixou atrasar os
salários dos servidores da área de Educação, muitas vezes, até três ou quatro
meses, numa clara falta de compromisso com o setor. Diante disso, professores sem salários em
dia, faltando merenda nas escolas, transportes escolares deficitários e
construções de escolas sendo investigadas pelo Ministério Público do Estado –
MPE, tanto nas zonas urbana quanto rural, inclusive, antecipando o encerramento
do ano letivo.
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Mais de R$ 66 milhões repassados através do Fundeb para a Educação de Timon |
Este é o retrato cruel do
final de mandato melancólico e desastroso da prefeita de Timon, Socorro Waquim
(PMDB), no Leste do Maranhão, que foi ironizada por servidores públicos e a
maioria da população, indignada com as péssimas condições de vida em que são
submetidos, salários atrasados, ruas esburacadas, lixo acumulado nas vias
públicas e outros desmandos administrativos, fez até protesto este ano, através
de um outdoor demonstrando toda sua mágoa contra a gestora pública.
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Outdoor em protesto a prefeita Socorro Waquim |
Para se ter ideia da
gravidade da situação, um dos fatos intrigantes, não podemos deixar de refletir
sobre o atraso do salário dos servidores da educação, mesmo com os repasses dos
recursos feitos normalmente. Senão, vejamos, o volume de recursos que estão publicados
no site do Banco do Brasil - www.bb.com.br, dando conta que, de janeiro de 2012 até a presente data, dia 5
de dezembro, o Governo Federal transferiu para o Município de Timon, algo em torno de R$ 66.310.493,80
milhões, isto, referente apenas aos repasses do Fundeb.
Com as contas “bombando em
dinheiro”, a Secretaria Municipal de Educação, recebeu somente de setembro até o
presente momento, recursos transferidos pelo FUNDEB, na ordem de mais de R$ 19
milhões, ou seja, R$ 208 mil por dia ou ainda mais de 8 mil por hora.
Para especialistas em
cálculos, com base nos dados do Banco do Brasil, considerando que dos recursos
repassados, 60% tem que ser gastos com pagamentos de salários, o município de
Timon teria que ter destinado algo e torno de R$ 11,8 milhões ou quase R$ 4
milhões por mês, e não se falaria em atraso. Enquanto isso, os 40% restantes
somam quase R$ 8 milhões, cujo destino não se tem conhecimento de sua
aplicação. Há denúncias extraoficiais de que podem estar acontecendo todos os
dias no Diário Oficial do Estado (e muita coisa não é publicado), uma avalanche
de licitações e aditivos de contratos com reajustes absurdos, que propicia
pagamentos a obras e serviços não executados e materiais não fornecidos. Dizem
que em uma determinada associação, entregaram centenas e centenas de livros e a
pessoa que estava na sede perguntou: pra que esses livros agora? O entregador
respondeu: faz qualquer coisa, vende, leiloa, distribui... Num determinado
colégio entregaram um notebook para o vigia. Sem falar que nos últimos três
meses o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE, liberou um milhão
de reais para merenda escolar.
Para uma professora que
preferiu garantir o sigilo sobre sua identificação, tudo isso acontece aos
olhos da população. “Se não tiver nenhuma providência, a prefeita Socorro
Waquim vai destruir tudo e deixar os salários atrasados e impor à sua irmã
Suely Mendes sérios problemas e aos professores e demais servidores, um final de
ano de fome. Nesse sentido, o alerta vale também para as diretoras que estão
sendo orientadas a gastar de qualquer jeito o dinheiro do Mais Educação. Se a Justiça não bloquear os recursos que ainda
vão entrar e imediatamente (e não adianta dar prazo pois poderão derrubar no
TJMA) mandar pagar as folhas, antes de ser torrado todo o dinheiro”, diz a
humilde professora sem salário em dia.
Diz-se um velho ditado que
“não há bom pagador sem dinheiro, mas para o velhaco, todo dinheiro do mundo é
pouco para pagar o que deve..”
TRISTE
REALIDADE
Com esse quadro crítico, a
população de Timon está assistindo o maior acinte no final desta gestão
peemedebista da prefeita Socorro Waquim. Para não falar de outros aspectos
danosos, tais como: sucateamento das escolas, dos postos de saúde e o
fechamento do Pronto Socorro, a conservação e manutenção da Vila Olímpica
Miguel Lima, Ceasa, aterro sanitário e a usina de lixo, para não passar o dia
citando outros problemas.
OUTROS
SERVIÇOS PRECÁRIOS
Os serviços de saúde e
educação são de péssima qualidade – conforme os ouvintes das emissoras de
rádios locais denunciam diariamente – apesar dos Ministérios da Saúde e da
Educação repassarem verbas, religiosa e mensalmente, para mantê-los.
Os sacos de lixos nas portas
das casas – inclusive na área central – vêm se acumulando há vários dias, mas o
mais preocupante mesmo é o atraso no pagamento dos salários dos servidores,
especialmente os contratados em regime precário que já foram demitidos e muitos
sem direito a nada.
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