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segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Pente-fino no Bolsa Família encontra irregularidades em 1,1 milhão de benefícios

Maior cruzamento de dados da história do programa, feito pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA,) resultou em 654 mil bloqueios e 469 mil cancelamentos.

No maior pente-fino já realizado em toda a história do Bolsa Família, o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDSA) encontrou inconsistências em 1,1 milhão dos cerca de 13,9 milhões de benefícios pagos pelo governo federal. O resultado se deve ao aprimoramento dos mecanismos de controle do programa, que teve a sua base de dados ampliada para verificação permanente da renda das famílias.

Do total de benefícios que apresentaram indícios de irregularidades, o MDSA determinou o cancelamento de 469 mil (3,3%) e o bloqueio de 654 mil (4,7%). Em todos os casos, foi constatado que a renda das famílias era superior à exigida para ingresso e permanência no programa.

“Justamente pela importância do programa, vamos garantir que ele não seja contaminado pelo uso indevido do dinheiro público. Deve receber quem realmente necessita”, destacou o titular da pasta, Osmar Terra (foto), nesta segunda-feira (7), durante coletiva de imprensa. 

A identificação só foi possível porque o MDSA passou a contar com seis bases do governo federal para cruzamento de dados: Relação Anual de Informações Sociais (Rais), Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), Sistema de Controle de Óbitos (Sisobi), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) e Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ).

Com as novas ferramentas, será possível fazer análises mensais, reduzindo o tempo médio que o poder público leva para identificar as famílias que têm renda maior do que a declarada ao Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal. O MDSA também passará a fazer cruzamentos de informações antes da concessão do benefício.

“Não estamos cortando recursos. Todo esse dinheiro voltará para a área social, seja para aqueles que estão na fila de espera e até, quem sabe, para melhorar os valores repassados”, reforçou Terra.

O benefício foi cancelado nos casos em que a renda per capita da família ultrapassou R$ 440. Já o bloqueio foi adotado para os beneficiários que apresentaram renda entre R$ 170 e R$ 440. Segundo Terra, as famílias que tiveram o repasse bloqueado devem procurar a gestão municipal do Bolsa Família para comprovar que estão dentro das regras do programa. “Eles terão a oportunidade de se explicar”, acrescentou. 

O pente-fino teve início em junho deste ano, a pedido do ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra, que está à frente da pasta desde maio. Além do MDSA, a iniciativa envolve o INSS; Casa Civil da Presidência da República; Ministério da Fazenda; Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão; Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União e Caixa Econômica Federal.      

As rotinas de controle do Bolsa Família incluem ainda batimentos complementares com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e Tribunal de Contas da União (TCU). A meta do MDSA é ampliar ainda mais as ferramentas de controle, a fim de qualificar o acesso ao programa. A intenção é garantir que o benefício seja destinado a quem realmente precisa.

O Bolsa Família é voltado para famílias extremamente pobres (renda per capita mensal de até R$ 85) e pobres (renda per capita mensal entre R$ 85,01 e R$ 170). Ao entrarem no programa, as famílias recebem o benefício mensalmente e, como contrapartida, cumprem compromissos nas áreas de saúde e educação. O valor repassado a cada família depende de fatores como o número de membros, a idade de cada um e a renda declarada no Cadastro Único.

O pente-fino:

  • 469 mil benefícios cancelados (3,35%) por subdeclaração de renda;
  • 654 mil benefícios bloqueados (4,7%) por subdeclaração de renda;
  • Convocação de 1,4 milhão de famílias para averiguação cadastral (janeiro de 2017);
  • Bloqueio de benefícios de 13 mil famílias identificadas como doares de campanha na prestação de contas de candidatos nas Eleições de 2016;
  • Redução do prazo para identificação de subdeclaração de renda;
  • Obrigatoriedade do CPF para a inscrição no Cadastro Único;

Um comentário:

  1. HOJE,

    Segunda, dia 07, FUI A UMA

    PÃO-DE-QUEIJARIA: tinha um carinha com um ADESIVO NO PEITO escrito assim: FORA TEMER...

    Fiquei prestando atenção...

    Ele queria um PÃO-DE-QUEIJO-RECHEADO... Pão-de-queijo com RICOTA.

    RI-CO-TA!

    Eu disse:

    RI-COTA!

    A menina que trabalha na loja perguntou se não poderia ser com QUEIJO PRATO...

    «-- Não. Eu quero um pão-de-queijo com RICOTA.»


    Ricota!

    Esses são os PETISTAS.


    [A dita ESQUERDA-CAVIAR.].

    Ricota fresca.

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