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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

Caxias: Mães impedem transferência de filhos de escola insalubre

MP recomendou a ida dos alunos para outra unidade de ensino na qual houvesse mais condições de funcionamento que a São Raimundo Nonato, no bairro Bacuri, mas mães alegam que a escola escolhida é longe.
Foto: Divulgação
Colégio Caxiense foi escolhido para abrigar alunos da Escola Comunitária São Raimundo Nonato, mas mães não aceitam
O Ministério Público estadual (MP) deu um prazo de 30 dias para que a Secretaria Municipal de Educação (Semed) transferisse os alunos da Escola Comunitária São Raimundo Nonato, localizada no Bairro Bacuri, em Caxias, para outro prédio, pois considerou as dependências da escola comunitária insalubres para funcionar como unidade de ensino.

O problema é que desde que a determinação foi divulgada, as mães dos alunos que frequentam a escola não concordam com a mudança dos estudantes do prédio.

Funcionando nas dependências de uma residência, para atender a determinação do Ministério Público, a Semed decidiu transferir os alunos para a sede do Colégio Caxiense, que fica no centro da cidade, longe do bairro em que a unidade de ensino é situada na periferia caxiense.

A secretaria ofereceu transporte público para levar e trazer as crianças de volta ao bairro, mesmo assim as mães não concordam com a mudança, sob uma forte alegação: a idade dos menores e a distância até a nova unidade de ensino.

“Aqui é mais perto para a gente até poder vigiar. A gente está com medo de eles irem estudar tão longe. São crianças. Mesmo tendo esse ônibus é muito complicado. Nós não vamos ficar tranquilas”, alertou Antônia Pereira, mãe de uma das alunas da escola.

Solução ­ Tentando solucionar o impasse as mães ocuparam por duas vezes, na semana, a galeria da Câmara Municipal de Caxias, para que os vereadores ajudassem a evitar a transferência.

Membros da Comissão de Educação do Legislativo caxiense visitaram a unidade de ensino e atestaram as condições de insalubridade, mas não de risco a vida dos estudantes.

“Nós fomos lá e vimos que a situação da escola não é das melhores, mas isso em nada representa risco aos estudantes”, enfatizou a vereadora Benvinda Almeida (PMDB), participante da comissão.

A promotora da Infância e Juventude, Cristiane Carvalho, disse que não sabia a respeito dos protestos das mães em impedir que os filhos fossem transferidos. Ela deu garantias de que vai estudar o caso para tomar uma solução que atendesse a todos.

Enquanto o MP não se posiciona, a Secretaria Municipal de Educação deu garantias de que procurará outro lugar, no mesmo bairro, para transferir os estudantes. Por enquanto, vai mudar a escola de endereço, somente para o próprio bairro.

“Nós procuramos a promotora dissemos o que está acontecendo. A secretaria também nos deu garantia de que uma solução será viabilizada”, declarou o vereador Antônio Luís, membro da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Caxias.

Obra ­ A Escola Comunitária São Raimundo foi inaugurada no Bairro Bacuri há 22 anos. Ela abriga 120 alunos do ensino fundamental menor, do 1° ao 5° ano.
Atualmente, a escola funciona em uma casa alugada, que é paga pelo município, que mantém ainda o salário dos professores e ainda auxilio com a merenda escolar.

A situação dos estudantes poderia ser diferente, se o poder público tomasse uma atitude. É que em frente à casa alugada, onde funciona como escola, há a construção de uma nova unidade de ensino que começou no ano passado e que já deveria ter sido concluída. Construída com recursos do Governo Federal, a obra está parada há dois meses e segundo os operários seria por falta de pagamento dos salários deles. (O Estado)


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