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domingo, 26 de abril de 2015

PSB inicia discussão formal sobre possibilidade de fusão com o PPS

Cristiana Lôbo O PSB começa a discutir formalmente a possibilidade de fusão com o PPS. Os dois partidos abriram conversas no ano passado, entre Eduardo Campos e Roberto Freire. Com a morte de Campos, o assunto parou. E será agora retomado em reunião da executiva do PSB, marcada para esta terça-feira (28) em Brasília.

Os dois partidos andaram juntos no ano passado – o PPS participou da coligação que lançou a candidatura de Eduardo Campos à Presidência e depois apoiou a candidatura de Marina Silva. Já era o processo de aproximação.

Nas primeiras conversas, Roberto Freire admitia manter a sigla “Partido Socialista Brasileiro”, e o número 40 do aliado.

Se a fusão vingar, a nova bancada ganhará dez deputados eleitos pelo PPS e ficará com 42 deputados – a quarta maior na Câmara; e mais um senador – ficando a bancada com sete.

Os dois partidos, no entanto, tiveram comportamentos diferentes nos últimos anos: o PSB se aliou ao governo do PT em 2003 e apoiou a reeleição de Lula em 2006 e a primeira campanha de Dilma Rousseff, em 2010. Já o PPS sempre foi crítico do governo petista e se tornou aliado sistemático do PSDB nas mesmas campanhas presidenciais.

Neste momento, o PSB no Senado declarou independência – não quer andar junto com a oposição feita pelo PSDB e DEM. Senadores do partido retiraram assinaturas ao pedido de instalação de CPIs, como a apresentada para investigar os empréstimos do BNDES, investigação que o governo do PT atuou fortemente para barrar. Agora, há outro pedido de CPI para investigar os fundos de pensão nos últimos 12 anos, proposta pela oposição. A eventual fusão com o PPS pode barrar eventual movimento de reaproximação do PSB com o governo.

Outra novidade: Roberto Freire deixará de presidir um partido político – coisa que não acontece desde a década de 80, quando saiu da clandestinidade o antigo PCB, que depois se transformou no PPS. Resta saber se, com a fusão, o caminho a legenda vai seguir – mais próxima ao PT ou à oposição.

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