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quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Aliados aguardam conversa para compor novo governo

Dos dez nomes anunciados por Flávio Dino para compor sua equipe, todos fazem parte da cota pessoal do futuro governador. Indicações seguem critério técnicos e políticos.

Aliados aguardam uma conversa com Flávio Dino
A pouco mais de dois meses para o novo governador tomar posse no cargo, as movimentações de bastidores são grandes. Flávio Dino (PCdoB) anunciou, até o momento, dez pessoas para ocuparem cargos em sua gestão. O PCdoB até o momento é o partido que tem liderado as indicações, foram quatro. Porém partidos como PSB, Solidariedade e PSDB também já garantiram espaços. Outros quatro nomes que não possuem filiação partidária foram apresentados.

De acordo com o comunista suas indicações para composição de equipe “seguem critérios técnicos e políticos. Atendem a critérios de sensibilidade social e ao mesmo tempo ter articulação política na sua área de atuação”.

Até a noite de ontem Márcio Jerry, Clayton Noleto, Lene Rodrigues e Jefferson Portela, membros do PCdoB, Marcelo Tavares do PSB, Rodrigo Lago do Solidariedade, Neto Evangelista e José Arthur Cabral Marques, Ted Lago, Rodrigo Maia e Telma Moura, não possuem filiação partidária conhecida.

Dentre as novidades dos cargos anunciados estão a secretaria de Transparência e Controle, assim como a Empresa Maranhense de Transporte Urbano. Atualmente elas não existem na estrutura administrativa do estado, portanto elas terão que ser criadas. Segundo Carlos Lula, membro da equipe de transição de Flávio Dino, estes novos espaços vão funcionar previamente através de uma medida provisória a ser lançada pelo governador eleito e assim que a Assembleia Legislativa retornar as atividades, uma mensagem será enviada para o parlamento, solicitando a aprovação.

O advogado ainda informou que a intenção de Flávio Dino é extinguir as secretarias extraordinárias. Hoje elas são sete: Programas Especiais, Articulação de Políticas Públicas, Articulação Institucional, Assuntos Estratégicos, Igualdade Racial, Juventude e Representação Institucional.

O que causou inquietação em alguns membros de partidos é que até agora, com exceção do PSDB, nenhum dos outros aliados recebeu qualquer sinalização do futuro governador. A reportagem de O Imparcial conversou com alguns presidentes e líderes de partidos na Assembleia Legislativa, que declararam que as legendas estão deixando o governador eleito à vontade. No total, 8 partidos estiveram juntos com o PCdoB na coligação.

Procurado para comentar o assunto, sobre sua indicação política, Neto Evangelista (PSDB), disse que atendeu os critérios de desejo pessoal de Flávio Dino e também indicação seu partido que fez parte da aliança vitoriosa. Outro fator que pode ter influenciado na escolha pelo nome do tucano é a elevação de Rafael Leitoa (PDT) – sobrinho do vice-presidente do PDT, Chico Leitoa – a condição de deputado estadual para a próxima legislatura.

O deputado Carlinhos Amorim (PDT) destacou a importância do PDT na campanha de Dino. “O PDT teve uma participação muito forte na campanha e eleição de Flávio. O PDT está presente em todos os municípios do Maranhão, portanto foi uma colaboração grande para que o projeto pudesse ser bem sucedido. Naturalmente foi bem sucedido com a participação de toda uma coligação”, disse.

Apesar de reconhecer um esforço coletivo, Amorim afirmou que é justo que a legenda tenha alguma participação na gestão. “Creio que é de Justiça que o PDT possa contribuir agora com a execução dos compromissos que foram assumidos publicamente. Oportunamente, no tempo certo, o governador eleito chamará os presidentes de partidos e naturalmente será aberto espaço”, lembrou.

No início da aliança, o PDT foi um dos partidos que passou por certo desconforto na formação da coligação, por ter a ideia amadurecida de indicar o candidato a vice-governador, que a época seria o pedetista Márcio Honaiser. Depois de muitos acertos, o PDT recuou e aceitou a entrada do PSDB, com a indicação de Carlos Brandão (PSDB), para ser vice de Dino.

Agora, de acordo com o deputado do PDT, o presidente da legenda aguarda uma reunião com Flávio para acertar os detalhes. “Estamos aguardando o Flávio e haverá esse diálogo entre ele e o presidente do partido para o amadurecimento”, ressaltou.

O deputado Marcelo Tavares (PSB), futuro Secretário Chefe da Casa Civil, destacou que a formação do secretariado ainda será uma discussão que acontecerá nos próximos dias. Tavares acredita que ainda há possibilidades de o PSB indicar mais nomes. “É uma discussão que ainda irá acontecer. Acredito que há possibilidades de o PSB indicar mais nomes”, disse.

A deputada Eliziane Gama, presidente do PPS, afirmou que ainda não teve uma conversa com Flávio, mas que mantém constante diálogo com os futuros secretários. “Eu ainda não falei com Flávio depois das eleições, mas estamos conversando muito com Marcelo e com Márcio Jerry, deixando o governador bem à vontade para montar sua equipe, como ele sempre defendeu uma equipe comprometida, uma equipe técnica”, declarou.

Na época das eleições, Gama era apontada como uma das favoritas ao governo do estado, estando, à época, com candidatura bem consolidada para, quem sabe, levar a disputa ao segundo turno, enquanto via alternativa. No entanto, em nome de um projeto maior, a deputada abriu mão da candidatura para apoiar o PCdoB.

Ela diz que não fará nenhum tipo de cobrança para cobrar retorno do apoio a Flávio. Eliziane Gama destacou que o partido encontra-se à disposição do governador eleito e conta, inclusive, com quadros técnicos para ocupar qualquer cargo do primeiro escalão. “Naturalmente o PPS foi um aliado, está à disposição, tem grandes quadros, mas não fizemos e nem vamos fazer nenhuma pressão. Estamos deixando Flávio decidir com sua consciência”, ressaltou.

O deputado federal Simplício Araújo, presidente do Solidariedade, informou a nossa reportagem que o seu partido ainda não foi contemplado no futuro governo comunista, uma vez que a indicação de Rodrigo Lago, faz parte da cota pessoal do governador e não da legenda. Perguntado sobre a articulação para ocupar cargos, o parlamentar disse estar deixando Flávio Dino bem a vontade para tomar suas decisões.

Além dos partidos citados na matérias, PP, PTC e PROS, participaram do arco de aliança que levou Flávio Dino e Carlos Brandão a vitória nas eleições estaduais. O Imparcial)

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